Subutilização da força de trabalho chegou a 24,7%, taxa mais mais alta da série iniciada em 2012
A subutilização da força de trabalho chegou a 24,7% no 1º trimestre de 2018, atingindo 27,7 milhões de pessoas. Esta é a taxa mais alta da série iniciada em 2012. Os dados da Pnad Contínua Trimestral, divulgados hoje pelo IBGE, mostram ainda que o desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) também atingiu os maiores níveis da série, com um contingente de 4,6 milhões de pessoas e uma taxa de 4,1%. A taxa de desemprego no 1º trimestre foi divulgada pelo IBGE no mês passado e ficou em 13,1%, atingindo 13,7 milhões de brasileiros.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho estava em 23,6% no quarto trimestre de 2017 e 24,1% no primeiro trimestre de 2017.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação foi de 19,1% no primeiro trimestre de 2018. Havia o equivalente a 6,2 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 13,7 milhões de desocupados. No quarto trimestre de 2017, o indicador tinha ficado em 18,0%.
O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior, somadas às pessoas que buscam emprego.
Já a taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial – que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial) – foi de 19,2% no primeiro trimestre, o que representa 21,5 milhões de pessoas nessa condição. No quarto trimestre de 2017, essa taxa estava em 17,8%.
Os menores percentuais de empregos (exceto domésticos) com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada, estavam nas regiões Nordeste (59,7%) e Norte (62,9%) e o maior, no Sul (83,3%).Apenas o Norte apresentou expansão dessa proporção em relação ao 1º trimestre de 2017 (de 59,9% para 62,9%), enquanto as demais registraram queda.
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