quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bolsonaro pressiona Temer

Bolsonaro pressiona e Temer desiste de nomeações na Caixa e em agências

 
 

Gesto de Temer mira compensações no futuro, como a permanência de aliados

Emissários de Jair Bolsonaro (PSL) pressionaram o presidente Michel Temer, e ele decidiu congelar as nomeações de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal.
O candidato quer ele próprio chancelar, se eleito, os nomes para cargos-chave do governo que estão em aberto e seriam escolhidos pelo emedebista.
O presidente também recuou de nomeações para cargos de direção em agências reguladoras, após tratativas com representantes de Bolsonaro.
O gesto de Temer para o presidenciável mira compensações no futuro, como a permanência de aliados em alguns cargos e a manutenção de programas da atual gestão.
Segundo integrantes do governo e da campanha de Bolsonaro ouvidos pela Folha, o presidente pretendia rever os nomes selecionados pela Caixa e distribuir cargos de comando nas agências reguladoras para alguns de seus ministros.
No entanto, Bolsonaro fez chegar a ele sua insatisfação.
Presidente Michel Temer em cerimônia no Palácio do Planalto – Evaristo Sá/AFP
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), diz que o governo avaliou que, a dois meses do fim do mandato de Temer, não é momento de fazer alterações em cargos permanentes.
“Ao fim de governo, é ideal que não tenha esse tipo de modificação. Não é hora de fazer mudança. Que o próximo presidente faça essas alterações”, declarou.
Ele negou, contudo, que tenha conversado com aliados de Bolsonaro.
A decisão de Temer afeta as novas regras de gestão da Caixa, criadas com o objetivo de blindar o banco de aparelhamento político e esquemas de corrupção.
Após os desvios apurados nas operações SépsisCui Bono? e Greenfield, a instituição aprovou novo estatuto que prevê a seleção de dirigentes por meio de recrutamento no mercado, seguindo critérios de competência profissional e sem a interferência de partidos.
Os ocupantes dos cargos têm de se enquadrar no perfil da Lei da Ficha Limpa.
Pela nova regra, cabe ao Conselho de Administração da Caixa, e não ao presidente da República, decidir quem exercerá as vice-presidências do banco, com base nos resultados do concurso. Porém, a prerrogativa de nomeá-los continua sendo do presidente.
A Caixa enviou este mês à Presidência a lista dos executivos selecionados para as vices de Habitação, Governo, Corporativa e de Fundos de Governo e Loterias.
As três últimas estão sob o comando de interinos desde o início do ano, quando Temer teve de afastar os titulares devido a suspeitas de envolvimento em corrupção.
A medida foi tomada após pedidos do MPF (Ministério Público Federal) e do Banco Central.
Coube a Marun informar à Caixa que as nomeações não vão sair neste governo. O aviso foi dado diretamente ao ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a quem o banco está subordinado.
Marun resiste especialmente à troca do vice-presidente interino de Habitação, Paulo Antunes de Siqueira, ao qual é ligado. O executivo foi superintendente da Caixa no Mato Grosso do Sul, base eleitoral do ministro.
O chefe da Secretaria de Governo é antigo aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), atualmente preso, condenado por receber propinas na Caixa.
Teme-se que, após o oneroso processo de recrutamento, que envolveu a escolha de uma empresa caça-talentos, os executivos selecionados aceitem ofertas de concorrentes.
À Folha, Marun reconheceu que há pleitos de mudança, mas que os atuais vice-presidentes estão fazendo trabalhos satisfatórios e que substituições não são uma necessidade tão urgente para serem feitas agora.
Nas agências reguladoras, Temer indicou recentemente o novo presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e diretores da ANS (Agência Nacional de Saúde), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da nova agência de mineração, a ANM.
O plano dele era lotear com indicados de seu partido, ao todo,16 postos de comando em agências.
As vagas nunca estiveram tão disputadas. No caso da ANM, caciques do MDB, partido de Temer, no Congresso seguraram a sabatina dos indicados para conseguir barganhar com o presidente possíveis trocas de nomes.
No caso da Anatel, a vaga de presidente estava prometida para o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), do PSD, mas chegou a ser disputada por dois ministros de Temer.
Kassab indicou um secretário de seu ministério para ocupar o cargo a partir de novembro.

ONDE ESTÃOConfira as vagas disponíveis e que ainda podem ser revistas (no caso das agências)
NA CAIXA
  • Vice-presidência de governo
  • Vice-presidência de fundos de governo
  • Vice-presidência de loterias
  • Vice-presidência Corporativa
NAS AGÊNCIAS
  • Aneel diretor-geral e diretor (já indicados)
  • ANTT presidente
  • Antaq presidente
  • Ancine diretor
  • Anatel presidente (já indicado)
Diretoria Executiva da CONTEC

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Nova CCP Itaú

Reunião CCP Itaú-Unibanco no Recife


 
 
Na sexta-feira passada (19/10), representantes da Contec e as federações Feeb AL, PE e RN e Feeb Paraíba estiveram reunidos com o Banco Itaú-Unibanco para tratar das mudanças propostas para as Comissões de Conciliações Prévia (CCP). O objetivo é ampliar o debate e aperfeiçoar o funcionamento das comissões de forma regionalizada. O encontro aconteceu na sede da UGT-Pernambuco em Recife.
Até agora, outras duas reuniões já foram realizadas envolvendo os bancários de Goiás, Tocantins, Minas Gerais  e Distrito Federal. Na próxima sexta-feira (26/10), em Manaus, das 14h às 18h, acontecerá nova reunião para debater a CCP em toda a base da Feeb do Norte e Nordeste.
Também estão previstas duas outras reuniões: em Curitiba, no dia 30 de outubro, com a participação dos sindicatos ligados a FEEB PR, FEEB SC e a Feeb SP/MS; e em Porto Alegre, em data a definir, com os 38 sindicatos daquela região e a Delegacia da CONTEC no RIO GRANDE DO SUL.
Diretoria Executiva da CONTEC

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

FEEB-GO e TOCANTINS SE REUNEM COM BANCO ITAÚ


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Dirigentes do Sindicato dos  Bancários no Estado de Goiás e da Federação dos Bancários de Goiás e Tocantins (FEEB-GO/TO) reuniram, nesta sexta-feira, 21 de setembro, com os representantes do setor de Relações Sindicais do Itaú, Marco Aurélio (Superintendente de Relações Sindicais), Romualdo Garbos (Gerente de Relações Sindicais) Carlos Alberto Sobrinho (Gerente de Serviços de Pessoas), em Goiânia - GO.
            Os representantes do banco apresentaram aos dirigentes o novo modelo da CCV, que a partir de outubro passará a ser nominada de CCP (Comissão de Conciliação Prévia). O novo formato que está em processo de formalização e assinaturas, contemplará todos os cargos,  inclusive GG e GA  e maior abrangência de pleitos por parte dos ex-bancários.
            A prévisão é para que este novo modelo entre em vigor a partir do mês de outubro. Na CCP, ex bancários que tiveram seus pedidos de CCV negados nos últimos 24 meses contados a partir do dia 01 de outubro e que não tenham ajuizado ação trabalhista contra o banco e nem demitidos por justa causa poderão ter seus pedidos reavaliados no novo formato.
            Além do debate sobre a CCP, dirigentes sindicais de todos os sindicatos repassaram aos representantes do Banco Itaú demandas das suas regiões. Eles informaram que o Itaú preza pelo diálogo e se comprometeram a levar todas as reivindicações à direção do banco. Questionado sobre os efeitos da SQV eles informaram que agora o bancário tem acesso a informação da avaliação desde o início processo e não depois como era anteriormente.
            O presidente do SEEB-Goiás e da FEEB-GO/TO, Sergio Luiz da Costa vê a reunião como positiva para a categoria, tendo em vista a clareza e boa relação que se deve ter entre as duas partes “prezamos pelo diálogo, objetivando a solução ágil e efetiva dos problemas dos trabalhadores e aguardamos que o banco atenda os nossos pedidos e que este canal de comunicação via Sindicato e Relações Sindicais continue aberto para que possamos atender cada vez melhor cada bancário". Fonte( FEEB-GO)


Diretoria Executiva da FEEB-PB



quarta-feira, 3 de outubro de 2018

SÓ SINDICALIZADOS PODEM RECEBER BENEFÍCIOS DE ACORDO COLETIVO

TRIBUNAL DE SÃO PAULO DECIDE QUE SÓ SINDICALIZADOS PODEM RECEBER BENEFÍCIOS DE ACORDO COLETIVO


Apenas trabalhadores sindicalizados podem receber os benefícios e reajustes dos acordos coletivos. A decisão é do juiz Eduardo Rockenbach, da 30ª Vara de Trabalho de São Paulo. É válida apenas para São Paulo, mas abre um precedente para outras decisões. Segundo o magistrado, “os trabalhadores que não contribuem com a entidade sindical não têm o direito de receber em sua folha de pagamento as conquistas garantidas pelo sindicato”.


“Se é certo que a sindicalização é facultativa, não menos certo é que as entidades sindicais devem ser valorizadas e precisam da participação dos trabalhadores da categoria, inclusive financeira, a fim de se manterem fortes e aptas a defenderem os interesses comuns”, acrescenta Rockenbach.



O exemplo da França



Em muitos países da Europa, como a França, a lógica que levou o juiz brasileiro a tomar sua decisão, faz parte da legislação do país, ou seja, por lá, somente o empregado sindicalizado recebe as conquistas garantidas em acordo coletivo. O modelo é uma forma que valoriza e fortalece as entidades sindicais e, por conseguinte, garante as conquistas dos trabalhadores e a qualidade nas condições de trabalho do povo francês.



A lição dos nórdicos



Outro bom exemplo, que relaciona a qualidade de vida e de trabalho e a igualdade de oportunidades ao fortalecimento das entidades sindicais, vem dos países nórdicos. Noruega, Dinamarca e Suécia, que estão sempre disputando os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) do mundo.



Os melhores exemplos de desenvolvimento humano do mundo estão relacionados à capacidade de organização de luta dos trabalhadores, através dos sindicatos. O polonês Adam Przeworski, professor da Universidade de Nova Iorque e um dos mais respeitados cientistas políticos da atualidade, lembra que “é a luta organizada dos trabalhadores que gera conquistas que resultam em melhores condições de vida e de trabalho”. 



Przeworski avalia: “A democracia, em si mesmo, não gera igualdade. É um campo de lutas organizadas, que criam incentivos e pautam as forças políticas para uma sociedade melhor”, explica. Adam considera importante também a participação dos cidadãos nos processos eleitorais, ainda que faça a ressalva da influência do poder econômico nos pleitos.



“Em uma sociedade de mercado, sempre haverá algum nível de injustiça social e desigualdade social. Talvez os países onde há menos desigualdade sejam aqueles que têm sindicatos fortes, onde a classe operária está organizada em um sindicato que tem recursos, que tem seus jornais e suas instituições. Falo, sobretudo, dos países escandinavos, onde os sindicatos têm muito peso frente às empresas. É inegável que, em outros países, a sociedade é muito mais desigual”, conclui. (Fonte: Desacato)


Diretoria Executiva da FEEB-PB